Deathstars: “Night Electric Night”

Para quem achava que a brincadeira do Deathstars não ia durar muito, eis que os suecos lançam seu terceiro álbum, “Night Electric Night”. O grupo é formado por integrantes com nomes bizarros e ostenta um visual no mesmo nível, mas peca pela falta de originalidade e é constantemente comparado, e com razão, com Rammstein e outros da mesma linha. A diferença deste trabalho em relação aos anteriores é que o Deathstars não está mais preocupado em soar tão pesado. Claro que as bases distorcidas de guitarra ainda permeiam todo o repertório, mas sem a mesma força e agressividade. Os teclados e sintetizadores ganharam ainda mais força e um aspecto ‘retrô’. Tudo está mais acessível. O fato é que “Night Electric Night” traz alguns bons momentos com sua mistura de Gothic Metal e Industrial. O rótulo que a própria banda se colocou, aliás, é Deathglam. Mas o que importa é que o som, embora siga o caminho de “Synthetic Generation” (2003) e “Termination Bliss” (2006), não empolga. Embora o guitarrista Nightmare Industries (sim, ele usa esse nome mesmo) tenha produzido o álbum e feito uma boa parede de guitarras, o destaque fica todo com o vocalista Whiplasher e seu timbre grave e sombrio, que faz a alegria das meninas que gostam de usar batom preto. “Night Electric Night” é um bom disco dentro daquilo que se propõe, mas soa como repetição da repetição. Indicado apenas para quem acompanha e se interessa pela carreira dos suecos. Se você quiser ouvir o Deathstars por pura curiosidade, comece pelo início. Aliás, pode ficar só nele.

Faixas do CD:

01. Chertograd
02. Night Electric Night
03. Death Dies Hard
04. The Mark of the Gun
05. Via the End
06. Blood Stains Blondes
07. Babylon
08. The Fuel Ignites
09. Arclight
10. Venus in Arms
11. Opium