Rifles, The: “The Great Escape”

São tantas bandas novas lançando tantas coisas que fica até difícil de acompanhar. Ainda assim, pouca coisa é realmente aproveitável no fim das contas. Felizmente,“The Great Escape”, do The Rifles, é. O álbum é o segundo da carreira dos ingleses, conhecidos como uma banda de Indie, mas que são muito mais Pop e abrangentes do que isso. As influências são muitas e passam por The Smiths, The Clash e The Jam, só para ficarmos em três delas.
A grande sacada do The Rifles, no entanto, não é ser original e nem inovador, mas simplesmente fazer boas canções, com refrãos pegajosos e ritmos fáceis e contagiantes. O sotaque britânico de Joel Stoker e a guitarrinha aguda e constante de Luke Crowther são a cara do grupo e, ao mesmo tempo, sempre deixa aquela sensação de que já ouvimos isso em algum lugar antes.
“Science Is Violence”, “Sometimes” e a faixa-título têm o raro poder de agradar já na primeira audição. A música ainda está na metade e você já consegue até cantar junto. Destaque ainda para “The General” (introdução e refrão geniais) e “Fool To Sorrow”. Claro que há algumas coisas chatinhas como “Winter Calls” e “For The Meantime”, mas mesmo essas deverão agradar muita gente.
Quase todas as faixas têm cerca de três minutos de duração e parecem ter sido feitas especialmente para tocar nas pistas de clubinhos alternativos mundo afora. “The Great Escape” não tem nada de novo e, inclusive, soa bastante datado em certos momentos. Mas é
muito divertido, bem feito.
O The Rifles cumpre assim seu papel, ocupando um espaço na cena que precisava de sangue novo, mesmo com velhas idéias.

Faixas do CD:

01. Science in Violence
02. The Great Escape
03. Fall to Sorrow
04. Sometimes
05. Toerag
06. History
07. Winter Calls
08. Out in the Past
09. Romeo and Julie
10. The General
11. For the Meantime