A brincadeirinha sem graça no começo do texto não é à toa. Ao colocar a primeira música para tocar - e até o final do disco - o que vem à mente é a imagem de Max Cavaler
a vociferando como nos tempos de “Roots”, do Sepultura. A similaridade entre o Ektomorf e aquela fase da maior banda brasileira de metal é gigante. Mas prestando mais atenção, dá para perceber que não é bem Sepultura, mas sim Max Cavalera, inclusive com algumas sonoridades que esbarram no nu metal, como no Soulfly. “What Doesn’t Kill Me” traz 14 faixas, mas apenas 40 minutos de duração. Os ‘riffs’ são manjados mas até empolgantes, mesmo para quem nunca foi fã de bandas ‘pula-pula’ como Biohazard, Soulfly e Korn - assim como este que vos escreve. Não espere encontrar um trabalho muito técnico, ainda que o baterista Jozsef Szakacs mostre uma batida forte com as baquetas.A principal dificuldade em ouvir o álbum é não associar com a banda de Max Cavalera. Mas aí vem a questão: o Ektomorf foi criado antes do Soulfly... Talvez seja a evolução das mesmas influências que tenha deixado as duas bandas tão parecidas. Há músicas interessantes, apesar de não trazerem nada de novo. “Nothing Left”, “I Can See You”, “New Life” merecem atenção. Pule a faixa “Sick of it All”, uma mistura bizarra com vocais típicos de rap.
Se o Ektomorf conseguir sair da sombra - nem tão grande - onde ele se encontra, provavelmente consiga lançar algo de maior destaque. É um disco interessante, apesar das semelhanças.
Faixas do CD:
01. Rat War
02. Nothing Left
03. What Doesn’t Kill Me...
04. Revenge to All
05. Love and Live
06. Can See You
07. I Got it All
08. New Life
09. Sick of it All
10. It’s Up to You
11. Envy
12. Scream
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