O Black Lips é uma das bandas mais esquisitas e inexplicáveis da cena. Seus integrantes são jovens, não chegam aos 30 anos de idade, mas fazem um som absolutamente fora do contexto de sua geração. Já foram chamados de rock de garagem, flower punk e punk psicodélico.
O fato é que os rapazes pararam no tempo e compõe e gravam como se estivessem em algum lugar da década de 60.O mais inexplicável, porém, é que o grupo, mesmo fazendo um som que nem é agressivo, sejam tão malucos e causem tanta confusão nos
Em “200 Million Thousand”, a banda mostra que não está nem aí para nada. Mas é aquele “nem aí” calculado. A gravação é ruim, o vocal é desafinado, os timbres são ‘vintage’. Tudo soa meio capenga, velho e bêbado, como deve ter sido a intenção desde o começo.
As canções não são muito originais e nem causam grande espanto, a não ser pelo fato de estarmos em 2009, este ser um lançamento e os músicos serem jovens. O Black Lips tenta resgatar uma época que não viveu e para os veteranos pode causar tanto aquela sensação bacana de nostalgia, quanto soar sem graça e datado.
É sujo, cheio de ruídos, às vezes animado, ás vezes arrastado e tem até passagens de surf music. Engraçado mesmo deve ser o pessoal da cena Indie ou até o do Rock Alternativo ver ou ouvir de forma desavisada o Black Lips, especialmente a primeira metade de “200 Million Thousand”.
Faixas do CD:
01. Take My Heart
02. Drugs
03. Starting Over
04. Let It Grow
05. Trapped in a Basement
06. Short Fuse
07. I’ll Be With You
08. Big Black Baby Jesus of Today
09. Again & Again
10. Old Man
11. The Drop I Hold
12. Body Combat
13. Elijah
14. I Saw God
15. Meltdown
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