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Candlemass - Death Magic Doom

publicado em
21/05/2009
Quando ouvi o EP “Lucifer Rising” não fiquei muito empolgado com as duas músicas inéditas, “The White God” e a faixa-título. Por isso coloquei este novo disco da banda sueca sem muitas expectativas. Talvez tenha sido melhor assim, sem expectativas, porque pude sentir todo o poder das novas composições sem estar esperando.
“Death Magic Doom” é o segundo álbum da banda com o vocalista norte-americano Robert Lowe, bem conhecido dos fãs de doom metal por seu trabalho em outra excelente banda, o Solitude Aeturnus. Este novo disco começa com uma das melhores músicas já feitas por essa formação, “If I Ever Die”. Rápida, feita para ‘bater-cabeça’ e com um excelente trabalho do baterista Janne Lindh.
Esse começo mantém o que já se tornou tradição no Candlemass, em abrir um disco com uma música mais rápida e logo em seguida apresentar uma das mais arrastadas do álbum. É o caso de “Hammer of Doom”, título que era para originalmente ter batizado o álbum. ‘Riff’ lento, poucas notas, arrastado e pesado como em “Devil Seed”, segunda faixa do álbum “King of the Grey Island”.
Mais do que em outros trabalhos, em “Death Magic Doom” as composições trazem maiores alternâncias entre ‘riffs’ lentos e outros rápidos, como em “The Bleeding Baroness”. Lowe dá uma interpretação incrível para esta música, sendo um de seus momentos de destaque no álbum.
Se em “King of the Grey Island” ainda parecia que algo não estava muito bem encaixado na banda, com este novo trabalho os fãs não devem ter o que reclamar. Lowe está muito mais integrado e à vontade nas músicas. Talvez seja porque o baixista, mentor e principal compositor, Leid Edling, tenha feito as músicas já para o novo vocalista, que obviamente tem uma capacidade vocal maior que Messiah Marcolin.
O guitarrista Lasse Johansson apresenta um de seus belos solos, em “House of 1.000 Voices”. “My Funeral Dreams”, que encerra o álbum, é uma das melhores deste trabalho e mostra que Edling escreveu para este disco algumas de suas melhores composições em anos. Mais uma vez o solo de Johansson e o vocal de Lowe se destacam. Além de um teclado que dá um clima bem de final de show.
Se alguém duvidava que a banda conseguiria se manter como o principal nome do doom metal mundial sem Marcolin, este disco é a conformação que sim.

Faixas do CD:

01. If I Ever Die
02. Hammer of Doom
03. The Bleeding Baroness
04. Demon of the Deep
05. House of 1.000 Voices
06. Dead Angel
07. Clouds of Dementia
08. My Funeral Dreams


Por Eduardo Guimarães

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